“(…)Well, you're my friend, (that's what you told me)
And can you see (what's inside of me)
Many times we've been out drinking
And many times we've shared our thoughts(…)”
Will Oldham apareceu no Teatro Aveirense (TA), encarnando o seu alter-ego Bonnie Prince Billy, rodeado pelos amigos e excelentes músicos Cairo Gang, que é como quem diz o Emmett Kelly (guitarra) e Shahzad Ismail (baixo) e, não menos importante já que em seus auxilios a fabulosa Susanna Wallumrød (vozes).
O espectáculo que o trouxe até terras lusas insere-se na apresentação mundial do “The Wonder Show of the World”, prestando uma homenagem aos músicos que com ele trabalharam em álbuns anteriores The Letting Go (2006) e Lie Down in the Light (2008) conferindo-lhe estatuto de companheiros de palco sob o nome de Cairo Gang.
Bonnie Prince Billy apresentou-se hoje, à imagem do álbum que expos, mais rico instrumentalmente (obviamente pelos contributos dos acompanhantes), numa face mais solar que lunar, onde os sentimentos a transmitir é de alegria e bastante familiar a uma audiência expectante. A magnífica sala do TA acomodou cerca de 400 pessoas que vibraram ao longo de mais de 2 horas com um espectáculo inolvidável. Primeiro, Susanna Wallumrød apresentou um pequeno alinhamento a solo, com a ajuda do próprio Olham nas “back vocals”. Foram cerca de 40 minutos de “warm up” verdadeiramente deliciosos. Posteriormente chegou o “velho presunto” com o seu gang e bombardeou de sentimentos a audiência. Durante mais de uma hora e três quartos ofereceu ao público uma boa disposição constante e algo que me impressionou como nunca tinha observado em outro “cantautor”: Oldham dá força às palavras que canta e a intensidade não flutua com o estado de espírito. É constante. Passo a explicar: canta com a mesma presença e magnitude quer a tristeza quer a alegria conferindo às palavras sentidos que são exactamente os que queria dizer quando as escreveu. É um misto de força interior e ubiquidade que transforma o palco no peito de cada espectador e cada peito num turbilhão de emoções. Para finalizar um registo final para a I see a darkness cantada “à capela” com o Emmett desligado de amplificadores. Poderoso adeus para uma noite inesquecível. Irrepetível. Uma palavra final para agradecer ao Teatro Aveirense por esta magnífica oportunidade de ver em Aveiro um dos vultos mais fervilhantes da música “singersongwriter” da nossa época. Bem hajam.
(…) And many times we've shared our thoughts
But did you ever, ever notice, the kind of thoughts I got
Well you know I have a love, a love for everyone I know
And you know I have a drive to live I won't let go
But could you see its opposition comes arising up sometimes
That its dreadful antiposition comes blacking in my mind
And then I see a darkness
And then I see a darkness
And then I see a darkness
And then I see a darkness
And did you know how much I love you
Is a hope that somehow you, you
Can save me from this darkness (…)”
But did you ever, ever notice, the kind of thoughts I got
Well you know I have a love, a love for everyone I know
And you know I have a drive to live I won't let go
But could you see its opposition comes arising up sometimes
That its dreadful antiposition comes blacking in my mind
And then I see a darkness
And then I see a darkness
And then I see a darkness
And then I see a darkness
And did you know how much I love you
Is a hope that somehow you, you
Can save me from this darkness (…)”
Aplaudo de pé este senhor e espero não morrer sem o ver outra vez.
Comentários
também eu o aplaudo de pé :)