Na sequência da apresentação do Ladykillers no último Tribulações o Zé Miguel trouxe-me à memória uma das bandas mais importantes da minha pré-adolescência. Nada menos nem nada mais que os britânicos “Lush”.
Corria o ano de 94 quando eu e o meu grande amigo Daniel começamos um afincado desígnio de beber massivamente a cultura musical britânica em contraponto com o que outra “facção” da escola secundária que desenvolvia a tendência “gótica / darkwave / industrial”. Os “Lush” surgiram nesse contexto com o afirmativo “Split” posteriormente cimentado pelo “Lovelife” como os porta-vozes da revolta escolar. Associados aos “Ash”, “Sleeper”, “Echobelly”, “Elastica”, “Pulp”, “Blur”, “Radiohead”, “Oasis”, “Ocean Coulor Scene”, “Suede”, “Maniac Street Preachers” entre outros! deram a verdadeira força ao movimento juvenil dentro da secundária. Foi a descoberta despretensiosa das bandas da terra de sua majestade em jeito de partilha e satisfação infanto-juvenil.
Os “Lush”. Bem tudo o que há para dizer sobre estes resume-se a três discos editados entre 88 e 96 ano em que encerraram definitivamente actividade. Formados por quatro integrantes: Miki Berenyi, Emma Anderson, Phil King e Chris Acland praticavam uma sonoridade “britpop” com intervalos abertos quer à esquerda no “shoegaze” quer à direita no “pos-punk”.
Fica aqui o single “single girl” que tocou à exaustão muitas e muitas vezes no toca fitas lá de casa. Espero que gostem da recordação.
“Don't want to clean up your mess again tonight
Don't want to be in a fight
And I can do what I want again tonight
With who I choose, it's alright
Single girl, I just want to be a single girl”
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