'Na Primavera, não estava em Praga
No 25 de Abril, estava em Braga
Demasiado entretido a crescer
Para dar conta do que estava a acontecer
Do que estava a acontecer'
Quando aqui escrevi sobre singles e lados b falei na avalanche de remisturas que nos inunda nem sempre com resultados animadores.Fiz questão na altura de separar dessas aguas turvas os Depeche Mode, que conseguiam ter remisturas estimulantes a cada album que passava e que pareciam saber sempre os produtores certos a convidar.
Para mim fica para a historia por exemplo a remix de Peter Kruder para 'Useless' que viria a ser incluida em 'K&D Sessions', brilhante album que elevava a remistura à forma de arte e ao nivel das musicas ditas 'originais' tal era a creatividade e total reformulação de alguns dos temas incluidos.
Pois bem, desde a edição do ultimo 'Playing the Angel' os Depeche Mode voltaram à carga, convidando produtores de renome para remisturar cada um dos singles deste novo longa duração.
Assim, a uma longa lista que incluia já o referido Peter Kruder, Underworld, Colder, Goldfrapp, Richie 'Plastikman' Hawtin, Air, François Kervokian (um dos padrinhos das remisturas), dj muggs(dos Cypress Hill), Dj Shadow, Speedy J ou Dave Clarke, juntaram durante o ano de 2006 nomes como Tiga, Michael Mayer, Alter Ego, Misc, James Holden ou Metope. Como seria de esperar o nivel das remisturas não desceu e em alguns casos remisturas claramente de exepção foram conseguidas.
Mas o melhor foi guardado para 2007. Novo 12" com a remix de 'Sinner in Me' pelo mago do tecno minimal chileno a residir em Berlim, Ricardo Villalobos.
Villalobos foi afirmando creditos pelas suas longas divagações tecno de cariz minimal, com as suas musicas bastante longas a evoluirem num crescendo de camadas que não fica a dever nada aos principais nomes apontados como referencias do genero, como o ja citado inglês Richie Hawtin que é alias fã do chileno e com quem costuma fazer regularmente dj-sets conjuntos.
Desde os primeiros maxis e remisturas, Villalobos nunca deixou os creditos por mão alheias e nunca cedeu a facilidade de trabalhar para a pista de dança exclusivamente, trabalhando sempre no seu tecno cerebral e de 'sofa'.
O seu primeiro album 'Alcachofa' é já justamente considerado um clássico e mesmo o seu ultimo e arrojado trabalho 'Fizheuer Zieheuer' composto somente por duas longuissimas suites de mais de 30 minutos cada (na versão vinil editadas para cerca 15 e 20 minutos) foi elogiado pela critica e tem sido um sucesso de vendas (obviamente não estamos a falar de um genero campeão dos tops).
Nesta sua leitura de 'Sinner in Me' o chileno opta uma vez mais por uma longa duração (o tema tem mais de 13 minutos), construido mais uma vez num quase imperceptivel crescendo que incorpora ate um leve som do que penso serem congas, influencia obvia do seu Chile, algo que é já um ponto de honra em Villalobos, a sua identidade e demarcação de todo o resto do tecno que por ai anda, sem vergonha e ate orgulho de incorporar elementos latinos na sua musica sem a deixar cair em soluções faceis ou 'pirosas'.
O resultado final, não sendo concerteza tão unanime como a já citada leitura de Peter Kruder, é a meu dever deveras estimulante, conseguindo até superar o tema original que era dos melhores deste ultimo album dos Depeche Mode. Mais um belo trabalho de Villalobos de quem continuam a esperar-se boas novas bem como, por que não, uma nova visita à nossa invicta cidade.
A remistura do ano?
No 25 de Abril, estava em Braga
Demasiado entretido a crescer
Para dar conta do que estava a acontecer
Do que estava a acontecer'
Quando aqui escrevi sobre singles e lados b falei na avalanche de remisturas que nos inunda nem sempre com resultados animadores.Fiz questão na altura de separar dessas aguas turvas os Depeche Mode, que conseguiam ter remisturas estimulantes a cada album que passava e que pareciam saber sempre os produtores certos a convidar.
Para mim fica para a historia por exemplo a remix de Peter Kruder para 'Useless' que viria a ser incluida em 'K&D Sessions', brilhante album que elevava a remistura à forma de arte e ao nivel das musicas ditas 'originais' tal era a creatividade e total reformulação de alguns dos temas incluidos.
Pois bem, desde a edição do ultimo 'Playing the Angel' os Depeche Mode voltaram à carga, convidando produtores de renome para remisturar cada um dos singles deste novo longa duração.
Assim, a uma longa lista que incluia já o referido Peter Kruder, Underworld, Colder, Goldfrapp, Richie 'Plastikman' Hawtin, Air, François Kervokian (um dos padrinhos das remisturas), dj muggs(dos Cypress Hill), Dj Shadow, Speedy J ou Dave Clarke, juntaram durante o ano de 2006 nomes como Tiga, Michael Mayer, Alter Ego, Misc, James Holden ou Metope. Como seria de esperar o nivel das remisturas não desceu e em alguns casos remisturas claramente de exepção foram conseguidas.
Mas o melhor foi guardado para 2007. Novo 12" com a remix de 'Sinner in Me' pelo mago do tecno minimal chileno a residir em Berlim, Ricardo Villalobos.
Villalobos foi afirmando creditos pelas suas longas divagações tecno de cariz minimal, com as suas musicas bastante longas a evoluirem num crescendo de camadas que não fica a dever nada aos principais nomes apontados como referencias do genero, como o ja citado inglês Richie Hawtin que é alias fã do chileno e com quem costuma fazer regularmente dj-sets conjuntos.
Desde os primeiros maxis e remisturas, Villalobos nunca deixou os creditos por mão alheias e nunca cedeu a facilidade de trabalhar para a pista de dança exclusivamente, trabalhando sempre no seu tecno cerebral e de 'sofa'.
O seu primeiro album 'Alcachofa' é já justamente considerado um clássico e mesmo o seu ultimo e arrojado trabalho 'Fizheuer Zieheuer' composto somente por duas longuissimas suites de mais de 30 minutos cada (na versão vinil editadas para cerca 15 e 20 minutos) foi elogiado pela critica e tem sido um sucesso de vendas (obviamente não estamos a falar de um genero campeão dos tops).
Nesta sua leitura de 'Sinner in Me' o chileno opta uma vez mais por uma longa duração (o tema tem mais de 13 minutos), construido mais uma vez num quase imperceptivel crescendo que incorpora ate um leve som do que penso serem congas, influencia obvia do seu Chile, algo que é já um ponto de honra em Villalobos, a sua identidade e demarcação de todo o resto do tecno que por ai anda, sem vergonha e ate orgulho de incorporar elementos latinos na sua musica sem a deixar cair em soluções faceis ou 'pirosas'.
O resultado final, não sendo concerteza tão unanime como a já citada leitura de Peter Kruder, é a meu dever deveras estimulante, conseguindo até superar o tema original que era dos melhores deste ultimo album dos Depeche Mode. Mais um belo trabalho de Villalobos de quem continuam a esperar-se boas novas bem como, por que não, uma nova visita à nossa invicta cidade.
A remistura do ano?
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