Arcade Fire: o fenómeno?

“Quando se é uma grande banda de rock, é reconfortante assistir [ao concerto] de um grupo que consideramos muito melhor que o nosso. Dá-nos algo para onde apontar”, Chris Martin, Coldplay
“…As músicas novas são grandiosas, pessoais, apocalípticas e totalmente sentidas…acho que a maioria das influências deles são basicamente invisíveis. Tornaram-se aquilo que são.” David Byrne
“…[canções] eram melhores do que qualquer coisa que o Lennon tenha feito. Vão ser montruosos”, Bob Johnston

Estas e muitas outras expressões se têm lido nos últimos tempos, sendo unânime no meio musical a admiração pelos Arcade Fire, unindo variadíssimos músicos de diversas correntes musicais: Timberlake, Bowie, Bjork, Beck, Lou Reed, etc.
Tantos elogios levaram-me a questionar se estamos ou não perante uma banda que ficará na história. Acho que ainda é cedo para tal afirmação (afinal de contas ainda só foram lançados dois álbuns), mas o que é certo é que existe algo na música dos arcade fire que dosponta um enorme fervosismo e uma devoção generalizada. Após o espantoso álbum “Funeral”, surge agora o “Neon Bible” . É difícil fazer um álbum como o 1º foi feito, mas não me parece que o “Neon Bible” fique muito atrás. Alías, se fosse este o primeiro álbum, creio que teria o mesmo impacto que o "Funeral" teve, isto porque tem grandes músicas, com sonoridades emocionantes e vibrantes, e mantêm a sua principal característica, a utilização de intrumentos pouco convencionais…Como há tempos li, “estamos perante a banda mais interessante do mundo”. Retirando alguns exageros que se lêem nalguns artigos de opinião, acho que estamos perante uma grande banda, em que o facto de serem diferentes de tudo o que rodeia o mundo musical actual criou esta onda consensual, um tanto hiperbolizada pelos media.

A figurar certamente no top de 2007 que, se tivermos em conta com os possíveis álbuns dos Radiohead, dos Interpol, Portishead…e o já consagrado álbum dos LCD Soudsystem, levará a que este ano não fique nada a dever aos antecessores acabados em 7, tal como o João descreveu nas suas crónicas.

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