Finalmente decidi-me! Vou começar o formato “duplu” com dois álbuns que andam a fazer as viagens diárias para Aveiro comigo. Ora bem, não são propriamente novidades já que o “fófór” não tem (ainda) leitor de mp3 e o que resta de cêdês pirateados são alguns (poucos) resistentes. O primeiro álbum que vos apresento é inteiramente dedicado ao Barritos (ainda antes do posso ouvir um disco - este facto é relevante para a matéria em questão!) pois foi ele o divulgador inicial no nosso círculo de amigos. É particularmente importante porque apesar de minimalista sugere sensações que me recordam os bons velhos tempos com os meus pequenos heróis de shaolin. Trata-se portanto do octeto de jovens músicos australianos (Cameron Bird, James Cecil, Gus Franklin, Isobel Knowles, Jamie Mildren, Sam Perry, Tara Shackell e Kellie Sutherland) sobejamente conhecidos na cena indie-pop – Architecture in Helsinki. Minimalistas quanto baste, este grupo de multi-instrumentistas primam pela suavidade de movimentos e pelos inúmeros detalhes primários revestidos de sensações. O álbum que hoje vos trago é o Fingers Crossed de 2004. Correndo o risco calculado de me dizerem que o melhor álbum deles é o “in case we die”, o que vos posso dizer é que a musica não é democrática e Barritos sabe bem sentir-me uma imensa minoria.
O segundo álbum que vos trago é um álbum inteiramente dedicado às tardes solarengas passadas em Barcelona com a melhor companhia do mundo. Phi, não tenho culpa se as saudades também se combatem na estrada. É dos Archive (verdadeiros!!!) que vos trago este Londinium de 1996, projecto iniciado pelo duo Darius Keeler e Danny Griffiths- Editado pela Island, este é um álbum cheio de textura e instrumentos orgânicos pautados por uma batida segura e doce além da voz inconfundível de Roya Arab. Inebriante como deviam ser todos os álbuns de trip-hop. Phi este é para ti!
Comentários
b) tambem dou muito mais valor a este, embora goste dos dois por igual
c) este foi o definir do conceito, o seguinte foi apenas um optimo refinameno
Em relação aos Archive, tenho pena de nunca lhes ter dado a atenção devida.